lunedì 20 marzo 2017

Mercati della Terra di Padernello

Sábado tivemos alguns problemas com a Ludovica, nosso carro velho de estimação, e o João passou o dia em função de procurar peças e arrumar tudinho. Deu tudo certo mas acabou não sobrando tempo pra muita coisa...
Domingo acordamos meio preguiçosos e decidimos fazer um passeio por perto. O João descobriu que ia rolar uma feira de produtos artesanais dentro de um castelo numa cidadezinha aqui na região e foi prá lá que fomos.


Foto na frente do calendário: essa feira acontece uma vez por mês dentro do castelo da cidade, com produtores locais e produtos orgânicos.

O pessoal daqui chama o evento de Slow Food. Aliás, nada é mais italiano que o conceito de Slow Food!
A filosofia do Slow Food defende a necessidade de informação do consumidor, protege identidades culturais ligadas a tradições alimentares e gastronômicas, protege produtos alimentares e comidas, processos e técnicas de cultivo e processamento herdados por tradição, e defende espécies vegetais e animais, domésticas e selvagens. O alimento, portanto, deve ser bom, limpo e justo, o que significa que ele deve ser saboroso, deve ser produzido de forma a respeitar o meio ambiente e os preços devem ser justos, tanto para quem os produz, quanto para quem os consome.

O "castello di Padernello" tem 130 cômodos e fica numa área de 4 mil metros quadradados. Ele foi construído no século XIV e pertenceu à uma família bergamasca (da região de Bérgamo) muito importante na então República de Veneza. Ele ficou abandonado por muitos anos até que, em 2005, foi totalmente reformado e transformado em atração turística da pequena cidade.

Esse castelo também esconde uma história assustadora da "Dama Bianca" (por que todo lugar antigo tem uma mulher de branco? Tem coisa mais assustadora que isso?). Diz a lenda que a filha do conde Gaspar Martinengo, Biancamaria morreu, em 1480 com 14 anos, atraída pela magia brilhante de vaga-lumes, caindo no fosso do castelo. De dez em dez anos, em 20 de julho, na mesma noite de sua morte, o seu fantasma reaparece no castelo vestida de branco, segurando um livro aberto que contém o seu segredo.

E eu acho que o Smurf aventureiro viu a moça porque ele se jogou na água e não conseguimos buscá-lo! Esse é o último registro fotográfico desse Smurf de plástico. 


Vamos entrar pra conhecer tudo lá dentro?
Logo depois de passar por aquela ponte, a gente entra nesse pátio interno que tem também um poço.
 Os tetos eram pintados com muitas cores e detalhes.
Tem salame direto do produtor....
 Mel de todo tipo de flor, mas esse de lavanda nunca havíamos experimentado! É muito delicado e diferente. Também "tivemos que comprar" um torrone com 45% de mel de acácia, pensa numa coisa boa!
E uma variedade enorme de pães!



Bem na frente dos pães ficava a churrasqueira (fogão à lenha original de 1500)! Estavam assando uns hamburgueres de carne bem termperados, uma delícia!


 Quem quer um pedacinho??
Todos os ambientes foram mobiliados e repletos de coisas do período do castelo. Tudo isso dá um clima medieval, fazendo com a gente reviva aquelas sensações...

Não dá para passar sem se encantar com essa lareira gigantesca adornada com o brasão da família. Ao lado, um fogão auxiliar com uma panela tão grande que precisa de um sistema de polias para ser levantada!

E as porcelanas? Essas são mais recentes, de 1900, mas italianas e pintadas à mão. Estavam em esposição e também à venda...

Enquanto alguns ambientes possuem grandes lareiras, outros são aquecidos por essas lareiras de cerâmica que também são um charme.

Essa é a vista da parte de trás do castelo. 
Eu acho que já posso me mudar para lá, gostei da cidade, acho que o tamanho está ok, talvez sejam necessárias algumas reforminhas, mas está ótimo para receber a família e os amigos! rs
Estávamos já voltando para o carro, quando encontramos um quintal de uma casa aberto e cheio de coisas antigas para vender. Entramos para dar uma olhada e fomos recebidos por um casal muito simpático! Queriam saber de onde éramos, perguntaram mil coisas sobre o Brasil... O hobby deles é sair pela Itália comprando coisas antigas, reformá-las e pôr a venda no quintal quando a cidade fica movimentada por conta da feira. Eles têm coisas lindas!

 Mas os olhinhos do João brilharam mesmo pelos rádios! Eram dois rádios Telefunken, marca alemã do início de 1900.
Esse abaixo é um modelo T32 de 1950 fabricado em Milão. Ele é a válvulas (elas acendem e são a coisa mais linda!) num gabinete de madeira bicolor com os botões em baquelite. O outro é um Telefunken T13 também da década de 1950 mas um modelo mais antigo. Ambos funcionam parcialmente... Precisam de amor e algumas trocas de fios!
 Aqui o João levando seus novos brinquedos para o carro! rs Pensa num engenheiro feliz!


Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu! 

- Vinícius de Moraes

3 commenti:

  1. heheheheh Muito masssa tudo isso.
    Obrigado por compartilhar com a gente.
    Gf bejo

    RispondiElimina
  2. que linda postagem! o poema tbm caiu como uma luva! beijos enormes!

    RispondiElimina