mercoledì 2 maggio 2018

Bologna em um dia

Conhecemos Bologna meio por acaso. Era o meio do caminho de uma viagem longa e pensamos em fazer uma paradinha. O que aconteceu foi que nos apaixonamos por essa cidade incrível!


Bologna é a capital da região da Emilia-Romagna, tem 400 mil habitantes e seus primeiros registram datam do século III antes de Cristo! Mas o que mais me cativou foi o clima de cidade universitária.

A Universidade de Bologna em 1088 com o curso de Direito, sendo a segunda universidade mais antiga da Itália (a universidade de Pádova é do ano de 962) e uma das mais antigas do mundo!


Ainda em funcionamento, a universidade faz com que a cidade seja cheia de estudantes com aquela energia vibrante!





Na Praça de Santo Stefano, encontramos o complexo de Santo Stefano ou "as sete igrejas". São inúmeras igrejas e capelas com um pátio interno comum que foram sendo construídas a partir do século VIII sobre um templo pagão.

 Os símbolos mais famosos da cidade são as duas torres junto à Basílica de São Petrônio. A mais alta, a Torre degli Asinelli, tem 97 metros de altura e é a torre inclinada mais alta da Itália. A segunda, Torre della Garisenda, originalmente contava com 60 metros e agora são apenas 48, já que está "afundando" em sua própria estrutura.


Caminhando pela cidade, encontramos um gueto judeu. Provavelmente, como eu, você imaginou que são as más lembranças da segunda guerra, certo?  Errado! Em 1555, o Papa Paulo IV, elaborou uma Bula Papal que determinava que os judeus deveriam ser confinados em uma parte da cidade e não poderiam sair após o por do sol.


Esse símbolo está em todas as ruas que faziam parte do antigo gueto. Hoje, a região abriga um museu ebraico e muitas famílias judias voltaram a viver ali.


Passando da história à um assunto mais ameno, caminhando pelas ruas fiquei encantada com a arte de rua! As cores vibrantes traduzem bem o clima jovem da cidade que aprendeu com a história e hoje é referência na Itália como um polo multicultural.




Para finalizar o passeio, Lasagna à Bolognesa!!! SIIIM!! É a melhor que eu já comi!






lunedì 16 aprile 2018

Thessaloniki - a jóia grega escondida

O que você pensa quando ouve falar da Grécia? Mar azul turqueza com casinhas brancas na encosta dos morros? Pois é, essa era a minha referência até voar para Thessaloniki, a capital da Macedônia grega e segunda maior cidade do país.


Nessa cidade à margem do mar Egeu com vista para o Monte Olimpo (isso mesmo, aquele da mitologia grega) cujo símbolo é essa graciosa sereia, eu aprendi que a Grécia tem muito mais a oferecer do que os cartões postais de Atenas e Mikonos.

A cidade foi fundada no ano de 315 antes de Cristo por Cassandro e recebeu o nome de sua amada Thessaloniki (e irmã de Alexandre, o Grande). Passou por ocupações bizantina, veneziana e otomana antes de se tornar uma cidade grega depois da Guerra dos Balcãs em 1912.


Bom, depois de um pouco de história, vamos às dicas. Fomos com um vôo low cost (Ryanair) saindo do aeroporto de Begamo. O vôo dura cerca de duas horas e aterrisa há cerca de 20 quilometros do centro da cidade de Thessaloniki. Bem em frente do aeroporto, onde você vê um aglomerado de pessoas com malas, para o ônibus 18 que o levará até o centro por 2 euros. O ticket é comprado antes de entrar e deve ser carimbado em uma maquina no interior do ônibus.
 

Outra dica fenomenal é o lugar onde ficamos. Usamos o site airbnb.com com algumas frequência e temos excelentes experiências para contar. Essa foi uma delas: fomos recebidos pela gentilíssima Joana que nos mostrou o apartamento (uma kitnet super charmosa com uma sacada enorme) e nos deu dicas preciosas sobre os lugares para visitar. Como o apartamento fica exatamento no centro da cidade, à uma quadra do mar, fizemos tudo à pé.

Seguindo a rua Tsimiski em direção norte, aproveitamos para olhar as vitrines belíssimas decoradas para a Páscoa Ortodoxa.


 Essas velas coloridas e cheias de enfeites estão por todo lado e são um presente muito popular para os afilhados (sejam eles grandes ou pequenos). Elas são acesas no domingo de Páscoa (que nem sempre coincide com a Páscoa católica) para celebrar o renascimento de Cristo.


  As ruas são tomadas de flores e lindos jardins cuidadosamente aparados. Por todo lugar se encontram essas laranjeiras enormes e cheias de frutas!


Essa é a praça de Aristóteles, construída a partir de 1918 depois que um incêndio destruiu essa parte da cidade antiga. Hoje em dia, o lugar é palco para artistas de rua, crianças que brincam e jovens que se sentam preguiçosamente sob o sol.


Outro grande ponto da praça é a confeitaria Plaisir. Apesar de um pouco cara para os padrões gregos (a comida costuma ser extremamente barata), vale muito a pena! Os doces são fenomenais!


Voltamos em direção ao parque Hanth pela badalada Avenida Nikkis, a beira mar com cerca de 4 quilômetros.


 A avenida é um quebra cabeças de construções novas e antigas com muitos, muitos pontos de encontros onde os jovens se amontoam para beber o café grego (um café não coado, onde o pó decanta no fundo da xícara).



Chegando próximo à Torre Branca, existem alguns barcos/bar que fazem um passeio de cerca de 40 minutos pela costa da cidade. O passeio custa 3 euros de consumação e sai a cada uma hora.





O desembarque é feito no mesmo lugar, onde você pode aproveitar para conferir a Torre Branca - uma das partes remanescentes da muralha original que cercava a cidade.

 
 No seu entorno, existe um parque muito bonito (Hanth) que segue até o Museu de Cultura Bizantina (infelizmente, não tive tempo de ir!).

Morando na Itália, me acostumei em ver muitas igrejas por todos os lado e em Thessaloniki não é diferente. Você encontra lindas e antigas igrejas ortodoxas por todos os lados.

 Acima, a Igreja de Santa Sofia, uma das mais antigas da cidade com fundações do século III.


Passando pela Igreja de Santo Atanásio (acima)... e seguindo para a Igreja de São Dimitri (abaixo).

 Se fosse escolher uma única igreja para retornar seria essa. Suas pinturas foram restauradas recentemente e estão incrivelmente vivas.

A Rotunda, Catedral de Thessaloniki, é uma construção ímpar. Depois de ser construída por Galério no século IV já serviu a todo tipo de propósito e hoje é a principal igreja ortodoxa da cidade.

 Um dos pontos altos, literalmente, da nossa viagem foi assistir o pôr do sol na torre OTE que abriga o café Skyline, que tem 76 metros de altura e faz um giro de 360 graus a cada hora.


Não existe um ingresso obrigatório, apenas a consumação. Recomendo chegar perto do horário do pôr do sol e ainda aproveitar o som do pianista que toca a partir das 19 horas.


Com essa vista fantástica do mar Egeu se encontrando com a luz cor de rosa do céu, aproveito para contar a lenda mais famosa da cidade.

Como contei no começo, a cidade recebeu o nome da irmã preferida de Alexandre, o Grande. Diz-se que o imperador encontrou a fonte da eterna juventude mas foi capaz de trazer apenas algumas gotas da água milagrosa. Ele decidiu então, lavar os cabelos da bela Thessaloniki com essas gotas.
Alguns anos mais tarde, o imperador morreu em uma batalha e sua irmã, tomada de tristeza, se jogou nas águas do mar Egeu para dar fim ao seu sofrimento. Nesse momento, ao invés de encontrar Alexandre e os Deuses, ela se tornou uma bela sereia que continuou a lembrar aos marinheiros sobre a vida e a glória de seu irmão.
Dizem que Thessaloniki aparece até hoje aos marinheiros e pergunta se o Grande Alexandre ainda vive. Caso não ouça que seu adorado irmão ainda reina, ela se transforma em um monstro que causa uma enorme tempestade no mar.
 
Essa linda representação da sereia Thessaloniki leva o delicado rosto da atriz Ellie Lambeti (conhecida como uma das mulheres gregas mais lindas de todos os tempos).