mercoledì 28 giugno 2017

Mari faz 30 - a festa!

Como já contei, eu trintei! Claro que não podia ficar sem festa, né? Como dia 21 de junho foi aniversário da minha vizinha, fizemos uma festa "combo" com temática italiana: comida italiana, música italiana, convidados italianos... rs


Confesso que ainda tenho que me acostumar com essa coisa de fazer aniversário em pleno verão! Nunca fui muito fã de calor e comemorar num dia de 30 graus às 22hs foi um desafio.

 Com esse calor, achei que minha amiga Dani foi uma heroína por conseguir deixar esse bolo lindo e delicioso de pé! Olha o carinho dos enfeites que ela mesma fez. Para ser justa, preciso agradecer o Fábio pelas fotos lindas e profissionais e mais ainda pela "ajuda" da Alice - que fez meu dia mais especial com seus sorrisos encantadores!




Eu e o João não tivemos a mesma competência na hora de enrolar os brigadeiros! Os coitados ficaram achatados e sem forma definida, mas devem ter ficado bons, já que não sobrou NENHUM! rs


Rolou uma grigliata italiana com tempero brasileiro, já que o João dividiu a grelha com o Michele (vizinho italiano).




 A animação ficou por conta da pintura facial que as crianças resolveram fazer em todos os convidados dispostos!

 Zia Mariana pintou a Marta e o Gianluca pintou a mamma!

 Abaixo, eu de borboleta e Luciana de ... hum... coelho?
 Marta fez a farfalla com muitas cores!

Nosso fotógrafo, mais que especial, ainda fez alguns "flagras" da festa.


A festa tava tão boa, que até a Muffin estava sorrindo.









Foi ou não uma festa italiana de respeito?


As duas aniversariantes com um sorriso no rosto e um bolo de chocolate com morango. Dá pra ser mais feliz?



“Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.”

- Balzac

giovedì 22 giugno 2017

Mari faz 30!

Sim, hoje faço 30 anos!


Lembro bem quando completei 15 anos e perguntei para a minha mãe se os 15 tinham sido a idade mais especial dela. Sem pensar muito, ela respondeu que não! Perguntei porque eu não sentia que tinha nada naquela confusão de emoções que eu sentia que me fazia acreditar que ter 15 anos seria especial. Eram tantas tristezas dos últimos acontecimentos, preocupações e inseguranças, medos e incertezas somados ao fato de ser adolescente.

Quando os 20 chegaram, as coisas estava muito melhores. Meu coração batia com menos extra-sístoles, fazia faculdade e, graças à Deus, não era mais adolescente! Eram responsabilidades bem diferentes e as decisões eram sempre maiores e mais difíceis. Mas com 20 anos, depois de tanta turbulência, eu podia respirar de novo!

Aos 25, eu era adulta. Médica, casada, falava três idiomas. Cheia de certezas, achava que nada podia abalar a confiança que tinha adquirido à duras penas através dos anos. Como eu era ingênua! 

Nos últimos 5 anos amadureci muito, em parte por causa da residência - que me fez repensar cada aspecto da minha vida, em parte pelo curso da vida e suas reviravoltas. 

Hoje tenho certeza absoluta que ter certezas absolutas é se enganar. Sei que errar é ruim mas, muitas vezes, necessário. Aprendi na prática o que sempre me disse minha mãe - não há mal que sempre dure, não há bem que nunca acabe.

Cheguei aos 30 aprendendo! Aprendendo uma língua nova, uma cultura nova, um país novo. Aprendendo a me reiventar e me redescobrir. Descobrir! Descobrir lugares novos, talentos inexplorados, sorrisos escondidos. Simplesmente tirar a venda, ver fora da minha zona de conforto, ampliar meus horizontes.

Quando eu apagar a vela do bolo hoje, só tenho o que agradecer! Agradecer a oportunidade de estar nesse mundo para aprender e ensinar, por ter uma vida rica e cheia de pessoas especiais, por ter saúde e um pouco de juízo. 

Aliás, nessa parte do juízo ainda estamos trabalhando... Quem sabe nos 40, né?

lunedì 19 giugno 2017

Lago di Tenno

Seguindo nosso fim de semana comemorativo, saímos de Ledro em direção à Tenno. São 20km de curvas com paisagens inesquecíveis, incluíndo várias quedas d'àgua.


O trecho final, entre Riva del Garda e Tenno, é de tirar o fôlego! Não fizemos fotos porque não tem onde parar na estrada - bem estreita! Essa vai ficar para vocês descobrirem... São várias cidadezinhas medievais penduradas nas encostas com as janelas cheias de flores coloridas brilhando à distãncia.

Quando finalmente você chegar no topo, vai precisar de um pouco de sorte para achar uma vaga para estacionar! São poucas as vagas e muitos carros. Não se esqueça de pagar - custa 1,50 euros a hora e você deve deixar o ticket à vista no painel do carro.

Aliás, não apresentei pra vocês, mas esse é o Luigi, nosso carro que veio para substituir a Ludovica que foi pro céu dos carros! Ele não é uma graça? Tá até de óculos de sol...

Já aviso, esse lago é para os fortes! Depois de estacionar, tem uma trilha de uns 5 minutinhos até chegar ao lago. Mas são 5 minutinhos de escada e barrancos! Melhor trazer tudo que vocẽ vai precisar para não ter que voltar. Aliás, no lago têm banheiros e um bar com o essencial. Traga protetor, cadeiras ou toalhas e tudo que achar necessário - e não esqueça de levar seu lixo embora.


Quando acaba a descida e você dá de cara com essa água azul turqueza, todo o cansaço vai embora! Embora todos os lagos do norte da Itália sejam magníficos, nunca vi nada com esse tom.


A água é fria nas partes mais fundas, mas bem agradável em boa parte do lago. Não são permitidos barcos motorizados, mas vocẽ pode alugar caiaques, stand up, pedalinhos e bóias.

 Se for dar um mergulho, lembre-se que não tem areia! O chão é coberto de pedras e é uma boa idéia ir de chinelos.
 Atravessamos a parte mais rasa do lago e seguimos até o topo da pequena ilha. Dali a vista é incrível! Aproveitamos para almoçar, fazendo um pic nic na sombra e admirando essa cor inacreditável.

“Amar é um elo
entre o azul
e o amarelo.”

Paulo Leminski

Valle di Ledro

No próximo dia 20 de junho, eu e João completamos 3 anos de casados (oficialmente! Pois já são 8 anos de namoro, 7 deles dividindo a cama). Como a data em si será no meio da semana, resolvemos antecipar e fazer uma viagem gostosa e rômantica para um lugar mais fresquinho (gente, não tá dando pra aguentar o calor aqui em Brescia!).


O lago de Ledro, no Valle di Ledro, fica ao norte do lago de Garda, na província de Trento. Ele é formado pela água do degelo dessas montanhas maravilhosas que o cercam.
A água de um azul incrível forma um lago com 10km de margens, onde se pode nadar e praticar todo tipo de esporte - caso você seja corajoso, já que a água é bastante fria!


Acima o hotel Cima d'Oro: Os quartos da frente, onde ficamos, têm uma vista fantástica diretamente para o lago, além de ser um camarote exclusivo para assistir o pôr do sol entre as montanhas.

Especialmente para quem tem crianças, indico o museu da palafita. É uma vila construída nos moldes da idade do Bronze com base nos registros arqueológicos encontrados nessa região.

Foi um esforço escolher algumas fotos para pôr aqui! O lago é lindo de todos os ângulos!

Resolvemos dar uma chance para uma coisa que não fazíamos desde criança. Andamos o lago todo de pedalinho - e foi fantástico! Também tinha caiaques disponíveis, mas a força aqui é só nas pernas mesmo! rs
 


 Existe uma trilha muito legal em volta de todo o lago para caminhar ou andar de bike. Embora eu estivesse morrendo de vontade de passear nela com a minha Valentina (a bike), não levamos as bicicletas dessa vez.

 Eu e o João entramos numa discussão se isso é cereja bebê ou acerola geneticamente modificada! rs De qualquer jeito, não deve ser venenoso, já que comemos muito e não passamos mal! rs
Como não se apaixonar por esse lugar?

A cidadezinha de Molina di Ledro (5 minutos à pé) é um charme e vale uma visita.

 Nessa época de verão, têm festinhas de igreja pra todo lado. Tivemos a sorte de chegar em Ledro no fim de semana certo! Tinha pão com salsicha na brasa! hum...

Nos despedimos de Ledro contemplando esse pôr do sol maravilhoso, digno de um quadro.


Nascentes efêmeras 
Em clareiras súbitas
Entre as luzes tardas
Do imenso crepúsculo.

Negros megalitos
Em doce decúbito
Sob o peso frágil
Da pálida abóbada

Calmo subjacente
O vale infinito
A estender-se múltiplo

Inventando espaços
Dilatando a angústia
Criando o silêncio....

- Vinícius de Moraes