Madre Paulina

Hoje farei um post diferente. Ao invés do meu olhar, a versão da minha mãe. Para quem não conhece a dona Rozeli, dentre muitas facetas, ela é dotada de um talento incrível com as palavras - motivo pelo qual eu sempre fui empurrada a melhorar as minhas redações!

 

 

"E o dia de hoje foi verdadeiramente especial pra quem cresceu ouvindo as histórias de Madre Paulina contada por nossa tia-avó Blandina - freira da mesma congregação  e que teve a honra de ser contemporânea de Amábile Visenteiner- a Santa Paulina do Coração Agonizante De Jesus. 

 

Depois de almoçar na cidade de Trento, subimos a montanha até chegar na pequena cidade de Vigolo Vattaro. 

 

 Catedral de Trento

 

Para conhecer a casa onde pequena menina nasceu, é preciso ir na casa das freiras para que uma delas guie a visita.

 

Fomos gentilmente recebidas por Irmã Teresinha (natural de Camboriu - 20 anos morando em terras italianas) e por Irmã Fátima (cearense, com forte sotaque mineiro por ter morado em 7 Lagoas -  MG- durante 20 e poucos anos e recém-chegada aqui na Itália [2 meses]). 

 

Fachada da casa de Santa Paolina

 

Como li num blog de 2012 que Irmã Gelci Zanandrea, Enfermeira com quem tive a oportunidade de estagiar no Hospital de Nova Trento, quando eu era ainda uma acadêmica de Enfermagem da UFSC, fui logo perguntando por ela. Pra minha tristeza e alegria dos anjos, fiquei sabendo que minha querida mestra se foi no ano de 2015, consumida por um câncer de pâncreas. 

Tristezas à parte, continuo lembrando de Irmã Gelci todas as vezes que vejo um girassol - sua flor preferida. 

 

A amável e simpática Irmã Fátima, nos abriu as portas da casa da pequena Amábile e de sua família. Contou-nos histórias fantásticas, muitas delas vivas em minha memória, contadas pela idosa tia Blandina, uns 50 anos atrás. 

 

 

 

Tivemos a bênção de fazer os mesmos caminhos que os pés da Santa percorreram, rezar na mesma igreja onde ela foi batizada e frequentava as missas, ver o local onde ela buscava água para sua casa e para os animais e ver o local de onde sua família se encontrou com outras famílias vizinhas, para juntas percorrerem o longo caminho de vapor até o Brasil. 

 

 

 

A pequena Amábile teve um sonho com Nossa Senhora que lhe falava de sua missão. 

E a esta missão, Madre Paulina se entregou de corpo e alma, doando-se aos necessitados, vivendo na pobreza material e na riqueza espiritual. 

 

 

Lembrei-me o tempo todo de meu pai - fiel devoto da amada Santinha e que escolheu o dia e a hora de sua beatificação para fazer a passagem, tendo tempo para participar da festa no céu. 

Ao fim de nossa jornada, ainda trouxemos uvas da casa de Santa Paulina, colhidas na hora por Irmã Fátima. 

 

 

 

Termino o meu dia com o coração transbordando de alegria. 

Rezei por todos: pela minha família, por meus amigos, vizinhos, minhas crianças e por todos que necessitarem de saúde e paz em seus corações. 

Fé me define no dia de hoje."

 

 Para quem, como eu e minha mãe, cresceu ao lado do santuário de Madre Paulina, ou para quem, como minha sogra, sempre teve fé Nela, a viagem foi uma bênção. A paz de estar lá é muito especial.