mercoledì 17 maggio 2017

Foi há oito anos

Na última sexta feira, dia 12 de maio, eu e João comemoramos 8 anos de namoro! E já que muita gente que acompanha a gente aqui não nos conhecia antes, vou contar minha versão dos fatos ocorridos há tanto tempo...

A gente não se conheceu como um casal comum, porque a gente não é um casal comum. Não teve balada, nem festa, nem amigos em comum. Também não teve Facebook, nem Tinder, muito menos WhatsApp, porque somos velhos. No nosso caso teve apenas uma coisa:  o universo inteiro conspirando para que nos encontrássemos e estivessemos juntos.

Foi num almoço de uma sexta feira qualquer, num restaurante comum. Eu tinha mil livros nos braços e a cabeça cheia do meio do semestre. Ele tinha o prato cheio. Eu, sempre desastrada, tropecei na sua cadeira, enquanto chegava até a mesa. Ele tinha o prato cheio. Eu me sentei e comi - admirando-o. Ele terminou o bife e pensou em ir embora. Me desesperei com a idéia de nunca mais encontrá-lo e da minha boca ainda meio trêmula saiu a frase mais ridícula que consegui pronunciar: "Chato almoçar sozinho, não é?".

Acredito que foi só naquele momento que ele se deu conta da minha presença. Tentando ser discreto, deu uma "conferida" e sentou-se na minha mesa. Seus olhos verdes e brilhantes me fisgaram ali, enquanto eu anotava meu telefone num guardanapo de papel.

Não, esse não foi o dia em que começamos a namorar. Mas acho que foi o dia em que nos apaixonamos. O dia em que nosso olhar se encontrou pela primeira vez, o começo das nossas vidas.

Foi mais de um mês depois desse dia, contratempos, viagens, provas deixadas para trás, que nos vimos novamente. Fomos ao cinema no CIC, vimos o pior filme de todos os tempos, saímos de mãos dadas.

"Você quer namorar comigo?"
"Eeee.. eu.. eu posso pensar?"

Em oito anos, mudanças em quatro cidades e três paises, empregos, viagens, muitas viagens, residência, doutorado, casamento, amigos, muito amigos, filhos dos amigos, sonhos, carinho, abraço. Você é meu porto seguro. Teu abraço é meu lugar no mundo.

Obrigada!
Obrigada por não desistir de mim quando eu quase desisti, por estar do meu lado quando eu mesma não estive. Obrigada pelo amor e pelo companheirismo, pelas risadas e principalmente pelos longos abraços quando as palavras faltavam. Obrigada por você estar na minha vida todos os dias, por me amar como eu sou, por entender a minha confusão.

Talvez esse post não faça muito sentindo pra vocês, mas sei que vai fazer sentido pra única pessoa pra quem realmente importa.

Eu te amo.

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