giovedì 14 febbraio 2019

Finalmente: MÉDICA na Itália!

Para quem acompanha o blog, primeiro preciso pedir desculpas pela looonga ausência! Esse último ano foi cheio de acontecimentos e o tempo me escapou por entre os dedos.

Mas o retorno às atividades no blog não poderia ser com uma notícia mais incrível: depois de dois anos e meio na Ítália, sendo um ano e meio aguardando notícias do Ministério da Saúde, finalmente poderei trabalhar como médica na terra da pizza!

Bom, eu sei que vocês querem mesmo é saber como é feito o processo sem muita enrolação, certo?

Para trabalhar como médico na Itália, você pode escolher dois caminhos: a validação através do Ministério da Saúde ou através de uma universidade. Cada uma dessas opções têm prós e contras e você precisa ver o que é melhor pras suas necessidades.

Processo através de Universidade

Você deverá procurar a universidade na qual pretende fazer o processo. Aqui na Itália, cada uma delas têm liberdade de fazer um trâmite completamente diferente. Em linhas gerais, compreende um teste de ingresso, algumas provas referentes a algumas disciplinas, apresentação da tese e o teste de estado.
Prós: você não valida o seu diploma e sim recebe um diploma de uma universidade italiana. Isso faz com que seu diploma seja reconhecido em todos os países da União Européia. Muitas pessoas também falam que é ótimo conviver com outros alunos e professores e isso te abre portas profissionais no futuro.
Contras: falta de uniformidade nos procedimentos (cada universidade faz do seu jeito), é longo e exige a sua presença na universidade, necessidade de pagar as taxas universitárias, necessidade de fazer o teste de estado.

Processo através do Ministério da Saúde

Esse foi o que eu escolhi fazer por muitos motivos: primeiro porque achei as informações mais claras e segundo porque a cidade onde moro (Brescia) tem uma universidade de Medicina onde as regras são bem engessadas e seria difícil validar com eles.
Prós: regras claras e orientações no site. Além disso, pra quem ainda mora no Brasil é excelente, pois você pode fazer o processo todo morando em qualquer lugar e vir apenas para as provas. O custo se limita aos documentos (não é barato, mas você vai precisar deles de qualquer maneira) além dos 300 euros para fazer a prova. Nao precisa fazer o exame de estado!
Contras: é um reconhecimento do seu diploma pela autoridade italiana, ou seja, não é um diploma italiano. Outros países da UE podem ou NÃO aceitar seu diploma como válido. Tem também a longa espera pela análise por parte do ministério (no meu caso, foi um ano!).

Como começar

O primeiro passo é juntar todos os documentos solicitados pelo ministério, e não é pouca coisa!
Feito isso, você pode preencher o módulo e enviar tudinho para o Ministério da Saúde.

E agora?

Depois disso, você deve aguardar a análise dos seus documentos. Eles não te dão nenhum número de protocolo e não existe nenhum meio de acompanhar o andamento do processo. Ou seja, tem que esperar mesmo.
Caso eles verifiquem algum problema, entrarão em contato por meio de carta registrada. Isso mesmo, nada de email. 
Depois de analisados os documentos, você receberá uma carta confirmando que está tudo ok e que você será convocado para a próxima prova.

A prova teórica

Provavelmente, como eu, você deverá fazer cinco provas: clínica médica, cirurgia, pediatria, gineco/obstetricia e medicina legal. São 30 questões de múltipla escolha de cada uma e você deve fazer no mínimo 15 e 18 em medicina legal. Caso você passe, deverá se apresentar para a prova oral em uma semana.

A prova oral

Você será avaliado por professores de cada disciplina citada acima. Eles te farão perguntas diretas e você responde oralmente. Você deverá ser aprovado em todas as disciplinas para ser considerado idoneo.
Caso você "rode" em alguma matéria, deve refazer tudo, desde a prova teórica. O prova pode ser feita quantas vezes forem necessárias e é realizada a cada 8 a 10 meses, dependendo do próprio ministério.

Finalmente acabou!

Agora é só aguardar a publicação no diário oficial para poder se inscrever no ALBO (órgão equivalente ao CRM).
Caso você esteja se perguntando sobre a especialização, isso é assunto pra outro post. Mas posso adiantar que é um processo semelhante porém é muito difícil que seu título seja aceito sem que peçam uma "misura compensativa", já que aqui a maioria das residências são de 5 anos.

Muita gente tem me procurado para pedir ajuda! Caso essas informações acima não sejam suficientes para responder suas dúvidas, ficarei contente em conversar e prestar consultoria sobre o processo. Meu email é mdacoregio@gmail.com e estou à disposição.


9 commenti:

  1. Excelente post, Mariana! Que bom que conseguiu a sua revalidação! Fiquei com uma dúvida, depois de inscrita na ALBO já pode prestar concurso pra residência médica?

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    1. Pode sim! Eu pretendo fazer a próxima, ai conto tudo pra vocês!

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  2. Sensacional Mariana!!! Já lhe dei os parabéns pela espetacular conquista de ravalidação de seu Diploma de Médica aí na Itália, e volto a cumprimentá-la novamente, agora em seu Blog! Parabéns e sucesso sempre!!! João Cid Godoy Pereira.

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    1. Obrigada mais uma vez! Espero vê-lo na lista dos aprovados logo logo!

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  3. Orgulho de você, filha. Eu sei de sua caminhada até aqui. Estou com o coração explodindo de alegria. Que Deus guie teus passos. Sinhamu!

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  4. Você sabe como funciona para outra áreas da saúde? Odontologia, no caso

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    1. Sim, Julia! É bem semelhante, mas se você fez o curso com mais de 5mil horas (5 anos) eles não pedem a prova. Se quiser mais informações, pode me escrever no email mdacoregio@gmail.com.

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  5. Médica formada em 2015 e sem residencia, pode validar diploma e ir trabalhar ou deve fazer a residencia aqui no Brasil antes de validar?

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    1. Pode e é inclusive mais facil fazer a residencia aqui do que validar uma feita no Brasil.

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